O governador conferiu à visita de Sergio Gabrielli, guardada a respectiva hierarquia de representação institucional, igual importância a que teve a vinda da presidente Dilma Rousseff. "Nós estamos construindo as condições para acompanhar ou quem sabe superar o nível de desenvolvimento que os governos do ex-presidente Lula e agora da presidente Dilma estão imprimindo para o país", salientou, acrescentando que não há nenhuma questão local ou regional que não seja nacional e global.
Tarso usou o exemplo da Petrobras, que soube se globalizar, para mostrar a necessidade das empresas gaúchas se prepararem para os desafios. "Trata-se de uma questão de honra elevar a nossa capacidade de fornecimento de insumos para a Petrobras, que hoje está nos 2%, 3%", disse. "Sabemos que é arrojado e difícil chegar a 10% nos próximos quatro anos, mas quem sabe cheguemos a 7%, 8%, 9% isso já desencadeie um processo de desenvolvimento, de coesão social, de distribuição de renda e de aperfeiçoamento econômico no nosso território, de maneira sem precedente na história do Rio Grande do Sul", destacou
Projetos de Lei
O governador Tarso Genro, que considerou um avanço extraordinário nas relações do Estado com a Petrobras a visita de seu presidente, apresentou dois projetos que tramitam na Assembleia Legislativa do Estado e tem a ver com este novo momento no setor do petróleo e gás. Um cria uma estrutura institucional do Governo do Estado para o acolhimento técnico, jurídico, político das iniciativas que venham do Governo federal relacionadas com o pré-sal e o polo naval. "Temos a pretensão de criar esta base operacional juntamente com a Secretaria do Desenvolvimento e AgênciaRS, buscando um rápido crescimento destes 2% ou 3% de fornecimento de insumos para a Petrobras para chegarmos perto de 10% nos quatro anos".
Em outro projeto, o Governo do Estado vai bancar não só a folha como a instalação material de centros de tecnologia nas empresas locais que apresentarem projetos convincentes que possam qualificar a base industrial gaúcha. "Uma das questões que dizem respeito ao crescimento desta oferta de insumos para a Petrobras, diz respeito ao aprimoramento tecnológico, organizativo e a qualidade dos nossos produtos", enfatizou.
O secretário do Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik, considerou oportuna e muito importante a reunião com o presidente da Petrobras. "Foi maravilhosa a fala do Sergio Gabrielli e agora cabe a nós trabalharmos dentro das normas da Petrobras, obedecendo todas as exigências estabelecidas pela empresa", disse. O secretário acrescentou que as empresas gaúchas devem se preparar para fornecer insumos e equipamentos para os módulos das plataformas, licitação que ocorrerá em breve e que já tem um grupo norte-americano interessado em participar, com planos de instalar uma unidade no território gaúcho.
Indústrias gaúchas
O vice-presidente e coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia da Fiergs, Ricardo Felizzola, aprovou o encontro e elogiou o posicionamento do presidente da Petrobras em ampliar a participação de empresas gaúchas no rol de fornecedores e do Governo do Estado, em buscar o desenvolvimento. "Vejo a vontade do Governo gaúcho em protagonizar o desenvolvimento da nossa região. Vivemos num Estado rico de gente, um Estado que desenvolveu em cada um de nós a capacidade de luta e a competitividade pressupõe a capacidade de estarmos presentes em todos os locais que nos possa dar retorno, seja local, nacional ou mundial", salientou o vice-presidente da Fiergs.
Ricardo Felizzola disse que sob o ponto de vista de qualidade e importância, os 3% significam muito. O industrial lembrou dos polos industriais e o trabalho realizado pelas universidades e pediu que a mobilização prossiga e que seja incentivada. "Com o auxílio da Petrobras, as indústrias gaúchas poderão ser protagonistas e conquistar o mercado mundial, trazendo o desenvolvimento para o Estado", garantiu, lembrando que a Petrobras trata-se de uma grande oportunidade para as empresas do Estado. A carta da Fiergs, entregue ao Governo e Petrobras, apresenta o potencial da indústria gaúcha e detalha procedimentos que possam ser adotados pela empresa para incentivar a participação dos gaúchos. Foto: Caco Argemi/Palácio Piratini
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